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"O comércio precisa entender que a profissionalização é a garantia de sobrevivência para o futuro"

 

Hélio Roberto Roncaglio, presidente da CDL Blumenau tem um grande desafio à frente da entidade: procurar estratégias para driblar a instabilidade e a insegurança econômica que o país está vivendo. É com a visão nestes obstáculos que ele vem comandando uma das mais importantes entidades de classe de Blumenau. Confira abaixo, a entrevista.

 
Entrevistado: presidente da CDL Blumenau, Hélio Roncaglio

 
Qual a expectativa à frente de uma entidade tão representativa quanto a CDL Blumenau?

Nosso maior objetivo é manter a parceria que temos com outras entidades como a OAB, que colabora para que sejamos uma das cidades onde o empresariado é atuante em prol da cidade, em prol do coletivo. Essa união com as outras entidades de classe é o que mais tem trazido benefício às empresas associadas, seja na CDL ou em outra associação, porque beneficiam a cidade como um todo. A nova diretoria, portanto, precisa aliar essa vontade da juventude de inovação com a experiência e o trabalho já realizado até aqui, pois é com essa integração das entidades com o Poder Público e com a sociedade que iremos ver a cidade se desenvolver como um todo, melhorando a vida das pessoas e consequentemente os nossos negócios.


Quais os principais desafios para esta gestão?

Estamos nos recompondo de um ano atípico para o comércio e, é claro, para todos os setores da economia brasileira. Todas as projeções de 2014 não se confirmaram atingindo o nosso trabalho e preocupando também prestadores de serviço e indústria, pois, neste caso, tudo é cíclico. Portanto, o nosso desafio é o mesmo que o de todos os empreendedores deste país: procurar estratégias para driblar a instabilidade e a insegurança econômica que estamos vivendo. Mesmo assim, Blumenau tem um comércio que vem crescendo muito, que acompanha a evolução da cidade, mas que precisa entender que a profissionalização é a garantia de sobrevivência para o futuro. Eu venho de uma empresa familiar e, neste modelo, o cuidado sempre deve ser maior, pois além do financeiro, existem outros valores. Sendo assim, nestes primeiros meses de trabalho, a nova diretoria tem se reunido para pensar ações que nos ajudem a superar as expectativas. O primeiro passo, que é um grande desafio para uma entidade do nosso porte, foi alinhar a comunicação com os associados. Queremos que os nossos 2,4 mil associados tenham canal aberto, caminhando na mesma direção que a CDL e nos ajudando a tomar importantes decisões para o futuro, certos de que não há obstáculos que impeçam nosso comércio de crescer.

 
Qual sua principal meta nesta gestão?

Nosso grande objetivo é o coletivo. Queremos que todos tenham a mesma oportunidade de crescimento. Por isso, enquanto entidade, queremos fortalecer o associativismo não apenas entre empresas do mesmo segmento, mas interclasses também. Foi essa união que trouxe um campus da Universidade Federal de Santa Catarina para Blumenau e criou o Observatório Social de Blumenau, que visa mais transparência nas contas públicas. A ideia, portanto, é intensificar essas ações, para que possamos lutar por outros projetos importantes que contribuem direta ou indiretamente com o desenvolvimento econômico da cidade.


Conheça mais o presidente da CDL

Sou de uma família de empreendedores, que acreditam na força do associativismo para o crescimento dos negócios. Nossa empresa se associou à CDL Blumenau em setembro de 1995. Nestas duas décadas tivemos acesso a mais informação e conhecimento para gerir melhor a empresa. Estando dentro da entidade, pude perceber o crescimento pessoal e profissional que esse trabalho em grupo nos proporciona. Foi onde, em 2005, aceitei o convite do ex-presidente Marcelino Campos para assumir a diretoria Social e de Eventos. Já na segunda gestão dele, em 2007, fui nomeado Diretor Financeiro, cargo até então ocupado pelo meu amigo Paulo Cesar Lopes, que em seguida viria a ser presidente, comigo na vice-presidência. Foram muitas batalhas, como as enchentes, e muitas vitórias, como a revitalização da Casa do Comércio, a criação do Magia de Natal (que começou como Natal Ales Blau) e outros grandes avanços. Quando fui convidado pelo Paulo para ser seu vice, logo perguntei: como vou poder te ajudar? O que você espera de mim? Além da amizade e de existir uma grande afinidade, eu precisava contribuir para o sucesso de nossa gestão e acredito que, juntos, conseguimos motivar toda a equipe para encarar de frente os desafios do comércio. Na segunda gestão do Paulo, permaneci como vice-presidente, pois tínhamos certeza que o nosso trabalho não podia parar. Vejo que finalizamos esse ciclo no caminho certo e com novos desafios, com a economia sempre alternando entre altos e baixos. Por isso pensamos em dar continuidade, comigo assumindo a presidência, uma ordem quase que natural. Quando abriu o processo eleitoral e tivemos certeza que eu ficaria à frente da entidade, começamos a pensar na renovação, buscando aliar experiência com sangue novo, para formar um grupo tão forte e capaz como o que tivemos nos últimos anos.

 

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